domingo, 27 de dezembro de 2009

Dicas sobre velas de ignição



Confira a seguir como cuidar da vela de ignição do seu quad

Uma vela em boas condições é essencial para garantir o bom funcionamento do motor. Confira a seguir 12 dicas práticas sobre o estado da vela: a aparência dos eléctrodos e do isolador revela informações importantes sobre o funcionamento da vela, o combustível e o motor. Analisando o estado da vela de ignição você pode identificar o problema do motor.

Mas antes de uma avaliação, duas condições devem ser satisfeitas: 1. o veículo deve ter rodado um percurso de pelo menos 10 Km, com o motor funcionando em diferentes rotações, todas situadas na faixa média de potência;
2. evite um funcionamento prolongado em marcha lenta antes do desligamento do motor.




1 - NORMAL
- O pé do isolador apresenta-se amarelado/cinza claro.
- Motor em boas condições.
- Índice térmico da vela está correto.




2 - FULIGINOSA (CARBONIZAÇÃO SECA)
O pé do isolador, os eléctrodos e a cabeça da vela cobertos por uma camada fosca de fuligem preto/aveludada (seca).
Causas: carburador regulado com mistura rica.
- Filtro de ar sujo.
- Afogador automático com mau funcionamento.
- Afogador manual puxado por longo tempo.
- Uso de combustível fora da especificação.
- Motor funcionando em baixa rotação por tempo prolongado.
- Ponto de ignição atrasado.
- Uso de vela incorrecta - vela muito fria para o tipo de motor.
Efeitos: falhas de ignição.
- Motor falha em marcha lenta.
- Dificuldades de partida a frio.

Soluções: regulação correta do carburador e do ponto de ignição.
- Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
-Substitua o filtro de ar.
- Acelere o motor (rodando com o veículo) lentamente até a carga total (rotação máxima), para queimar os resíduos de carbono.
- Evite que o motor funcione por muito tempo em marcha lenta, especialmente quando estiver frio.
- Utilize vela correta para o tipo de motor.




3 - OLEOSA (CARBONIZAÇÃO OLEOSA)
O pé do isolador, os eléctrodos e a carcaça apresentam-se cobertos por uma camada fuliginosa, brilhante, húmida de óleo e por resíduos de carvão.
Causas: em motores de 2T - óleo em excesso na mistura.
- Em motores de 4T - óleo em excesso na câmara de combustão - guias de válvulas, cilindros e anéis do pistão estão gastos.
Efeitos: dificuldade na partida.
Falhas de ignição - motor falha na marcha lenta.

Soluções: em motores de 2T, use a proporção correta de mistura.
Em motores de 4T, rectifique o motor - troque as velas.




4 - RESÍDUOS LEVES DE CHUMBO
Resíduos amarelado-escuros no isolador. O pé do isolador coberto por uma fuligem amarelo-clara, aspecto de fosca a brilhante.
Causas: aditivos antidetonantes no combustível, como tetraetila e tetrametila de chumbo.
Efeito: se o pé do isolador chegar a temperaturas muito altas, os resíduos de chumbo se transformarão em condutores eléctricos, fato que pode ocorrer com o veículo em alta velocidade, causando falhas de ignição.

Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Troque as velas, pois é inútil tentar limpá-las.




5 - RESÍDUOS GROSSOS DE CHUMBO
O pé do isolador apresenta-se parcialmente vitrificado e de cor amarelo-castanho.
Causas: aditivos antidetonantes no combustível, como tetraetila e tetrametila de chumbo. A vitrificação denuncia a fusão dos resíduos sob condições de forte aceleração de veículo.
Efeito: se o pé do isolador chegar a temperaturas muito altas, os resíduos de chumbo tornar-se-ão condutores eléctricos, fato que pode ocorrer com veículos em alta velocidade, causando falhas de ignição.

Soluções: aconselha-se averiguar a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Troque as velas, pois é inútil tentar limpá-las.




6 - Resíduos / IMPUREZAS
Camada de cinza grossa no pé do isolador, na câmara de aspiração e no eléctrodo-massa, de estrutura fofa e até cheia de escórias.
Causas: aditivos do óleo ou do combustível deixam resíduos incombustíveis na câmara de combustão (pistão, válvula, cabeçote) e na própria vela. Isso ocorre especialmente em motores com um consumo de óleo acima do normal, ou quando se utiliza combustível de qualidade inferior.
Efeitos: perda de potência do motor, decorrente de ignições por incandescência e danos ao motor.

Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Troque as velas.
- Regular o motor.




7 – SUPERAQUECIMENTO
Eléctrodo central fundido parcialmente.
Causas: combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em recorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente; resíduos na câmara de combustão; válvulas defeituosas; ponto de ignição muito adiantado; mistura muito pobre; sistema de avanço do distribuidor com defeito; combustível de má qualidade; vela mal apertada.
Efeitos: falhas de ignição.
- Perda de potência.
- Danos ao motor.

Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Substitua as velas.




8 - ELÉCTRODO CENTRAL FUNDIDO
Eléctrodo central completamente fundido, possível trinca no pé do isolador e eléctrodo-massa parcialmente fundido.
Causas: superaquecimento do eléctrodo central, que pode trincar o pé do isolador.
- Combustão normal com detonação ou ponto de ignição excessivamente adiantado.
Efeitos: falhas de ignição.
- Perda de potência.
- Danos ao motor.

Soluções: revise o carburador, o ponto de ignição, o distribuidor e o motor.
- Utilize velas corretas para o tipo de motor.
- Substitua as velas.




9 - ELÉCTRODOS CENTRAL E MASSA FUNDIDOS
Causas: combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente; resíduos na câmara de combustão; válvulas defeituosas; ponto de ignição muito adiantado; mistura muito pobre; sistema de avanço do distribuidor com defeito; combustível não especificado para o tipo de motor.
Efeito: antes do dano total do motor, ocorre perda de potência.

Soluções: revise o carburador, o ponto de ignição, o distribuidor e o motor.
- Utilize velas corretas para o tipo de motor.
- Utilize combustível adequado para o tipo de motor.
- Substitua as velas.




10 - DESGASTE EXCESSIVO DO ELÉCTRODO CENTRAL (EROSÃO)
Causa: não verificar o tempo recomendado para a troca das velas.
Efeitos: solavancos do motor devido a falhas de ignição (especialmente na aceleração do veículo); a tensão de ignição exigida, pela grande distância entre os eléctrodo, é alta demais.
- Partida difícil.

Solução: Troque as velas ou examine-as de acordo com as instruções dos fabricantes.
Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante.




11 - DESGASTE EXCESSIVO DOS ELÉCTRODOS MASSA E CENTRAL (CORROSÃO)
Causas: presença de aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante. Esta vela não foi sobrecarregada termicamente, não se tratando, portanto, de um problema de índice térmico. Depósitos de resíduos provocam influências no fluxo dos gases.
Efeitos: solavancos do motor devido a falhas de ignição (especialmente na aceleração do veículo).
- Partida difícil.

Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante. Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.




12 - PÉ DO ISOLADOR TRINCADO
Causas: dano causado por pressão no eléctrodo central como consequência do uso de ferramentas inadequadas na regulação da folga. Exemplo: abrir os eléctrodo com uma chave de fenda.
- Corrosão do eléctrodo central por aditivos agressivos no combustível.
- Depósitos de resíduos de combustão entre o pé do isolador e o eléctrodo central.
Efeitos: falhas de ignição (a faísca salta entre o isolador e a carcaça).
- Partida difícil.

Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante.
Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.

Fonte: Bosch

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